segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

CONTAMINAÇÃO CRUZADA - 2015

Você sabe o que é contaminação cruzada pelo glúten?
Bem, que o celíaco não pode comer alimentos com glúten você já sabe. Agora o que muitos não entendem é o que é essa tal de contaminação cruzada.


Quando falamos em contaminação cruzada por glúten, muitas pessoas ficam sem entender o que é isso e como pode afetar  a quem é celíaco. Muitos produtos alimentícios não contém glúten em sua composição, mas devido a uma série de fatores, acabam tendo traços de glúten. É o que chamamos de contaminação cruzada por glúten contaminação cruzada por glúten.
O CODEX ALIMENTARIUS determinou a partir de 2008 que todos os produtos com menos de 20 ppm (partes por milhão) de glúten podem ser considerados aptos para a maioria dos celíacos e receber a inscrição “Não contém glúten”. O Brasil segue o CODEX ALIMENTARIUS.

Agora vamos entender o que equivale 20 ppm de glúten em miligramas.
1 quilo tem 1.000 (mil) gramas (g)
1 grama tem 1.000 (mil) miligramas (mg)
1 quilo tem 1.000.000 ( 1 milhão) de miligramas (mg)
20 ppm (partes por milhão) de glúten são equivalentes a 20 miligramas
Um bom exercício de imaginação é usar o pacotinho de sal que vemos nas mesas dos restaurantes. Sabemos que o sal é mais pesado do que farinha de trigo, mas é só um exercício para nos ajudar a entender visualmente o que pode representar 20 miligramas de glúten.
Como visualizar: peguem 1 pacotinho de 1 grama de sal (desses de restaurante) e dividam em 1.000 (mil) partes (vai ser preciso  pinça e lupa !)  – agora tentem identificar 20 partes  dentro dessas mil que você dividiu. Conseguiu separar ou imaginar? Isso representa 20 miligramas.
Agora usem essa experiência para imaginar 20 ppm de glúten. Tentem pensar que tem pessoas que passam mal comendo coisas com menos de 15 ppm de glúten. Aquele farelinho que caiu do pão francês ou do biscoito pode ser suficiente para adoecer um celíaco !
Essa explicação acima é apenas una ilustração, pois na prática os ppm são medidos em soluções onde o produto foi triturado até virar pó e dissolvido em líquido. Mas dá para termos uma idéia do que pode ser considerado “traços de glúten”.
O Codex Alimentarium determina o seguinte:
Codex Padrão 118-1979 ( revisado em 2008):  aplica-se a alimentos para usos dietéticos que foram formulados, processados ou preparados para atender às necessidades dietéticas especiais de pessoas com intolerância ao glúten.
Alimentos rotulados “sem glúten” não podem conter trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, kamut, ou variedades mestiços, e seu nível de glúten não pode exceder 20 partes por milhão (ppm). A norma sobre glúten do Codex Alimentarius foi revista em 2008 para um nível menor de 20 ppm.
Além disso, alimentos que contenham trigo, centeio, cevada, aveia, espelta, kamut, ou variedades mestiças que foram especificamente processados para remover o glúten para níveis não superiores a 20 ppm podem ser considerado “sem glúten”, segundo o glúten codex.
Para colocar isto em perspectiva, 20 ppm de glúten é equivalente a 20 miligramas (mg) de glúten por quilo ou por litro de produto (ou 0,0007 onças por £ 2,2 de produto). O método atual para determinação dos níveis de glúten é o ensaio ImunoEnzimático (ELISA) R5 Método Mendez.
Para mais informações sobre isso, visite o site  do Codex Alimentarius : www.codexalimentarius.net
Explicando com outras palavras: os produtos industrializados sem glúten, devem ter, em cada quilo analisado, no máximo 20 ppm de glúten (lembrando que 1 quilo tem 1 milhão de miligramas).
Não há consenso sobre a quantidade diária de traços de glúten que um celíaco suporta. Alguns pesquisadores afirmam que a maioria dos celíacos pode ingerir diariamente até 50 miligramas de glúten, sem que haja danos às vilosidades do intestino. Outros falam em 20 miligramas.  Qual é a quantidade de produtos industrializados que consumimos num dia? Ao final do dia quantos miligramas de glúten acabamos ingerindo? Infelizmente não temos como medir ou saber essa informação. Por isso, em nossa dieta diária devemos sempre observar o equilibrio entre produtos industrializados e produtos naturais, para evitarmos ultrapassar a quantidade  desses traços de glúten que nosso organismo pode suportar.
Fonte: http://www.fenacelbra.com.br/acelbra_rj/tracos-de-gluten-em-produtos-que-tem-a-inscricao-nao-contem-gluten/
A partir da RDC 26/2015 - ANVISA, não vale mais o percentual de traços de glúten que o CODEX ALIMENTARIUS aceita em produtos seguros para celíacos. Antes dessa RDC todo produto brasileiro e importado com menos de 20 ppm de glúten era considerado seguro para celíacos. A ANVISA esclarece que como a Lei Federal 10.674/2003 não cita a questão dos traços e que na alergia alimentar não existe um percentual de traços que seja considerado seguro, agora todos os produtos que tiverem riscos de terem traços de glúten virão com a inscrição "Contém Glúten", independente da quantidade de traços que possa existir. Os produtos que usarem a inscrição "Não contém glúten" devem apresentar em seus testes laboratoriais resultados de "traços indetectáveis" .
http://www.riosemgluten.com/contaminacao_cruzada_por_gluten.htm

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